quarta-feira, 2 de junho de 2010

Revolução Francesa

No século XVIII, a França era um dos países mais populosos da Europa: 26 milhões de habitantes, sendo estes divididos em Primeiro, Segundo e Terceiro estados. O Primeiro estado era composto pelo alto e baixo clero. O Segundo estado era constituído pela nobreza, disposta em três subgrupos: as nobrezas palaciana, provincial e de toga. E o Terceiro estado, subdividido em alta burguesia, banqueiros e grandes empresários, média burguesia, profissionais liberais e prestadores de pequenos serviços, e baixa burguesia, artesãos e pequenos comerciantes, além de um considerável número de camponeses, formava a grande gama da população.

Questões sociais e políticas

O Terceiro estado pagava altos tributos aos outros dois, que gozavam da isenção de impostos.
A França passava por desequilíbrios em sua economia. Após a Guerra dos Sete Anos e da Guerra de Independência dos Estados Unidos, travadas contra a Inglaterra, teve profunda crise econômica. O país gastava mais do que podia arrecadar de sua população. O caso se agravou devido a uma queda na produção agrícola, aumentando a carestia dos produtos. A insatisfação popular foi crescente.
Nos grandes centros urbanos, principalmente em Paris, a população entrou em contato com o pensamento iluminista e começou a questionar sobre o real poder do rei Luís XVI.
O monarca, vendo-se ameaçado, convocou a Assembleia dos Estados - Gerais.

Assembleia dos Estados - Gerais

A alta burguesia afastava-se gradativamente do Terceiro estado para firmar-se ao lado do clero e da nobreza; juntos, formavam a Assembleia dos Notáveis.
A Assembleia dos Estados - Gerais foi convocada com o objetivo de o Terceiro estado pagar os impostos que mantinha em dívida com o governo. Os projetos seriam votados por estado, causando rejeição por parte do Terceiro estado; este queria discussão conjunta e votação individual.
Contrário ao rumo tomado pela Assembleia dos Estados - Gerais, o Terceiro estado proclamou-se Assembleia Nacional.
O enfraquecimento do absolutismo francês veio à tona com a tomada da Bastilha, marco inicial da Revolução.

Monarquia Constitucional

A Assembleia Nacional, tornando-se Constituinte, definiu o novo regime constitucional. Em sua adoção, prevaleceram as forças moderadoras entre o povo e a monarquia.
O Poder Executivo caberia ao rei, limitado pelo Poder Legislativo, constituído pela Assembleia. O voto baseava-se no censo e foram anulados os privilégios.
A discussão sobre a Constituição Civil do Clero, medida que estabelecia o confisco dos bens eclesiásticos, dividiu a opinião dos membros da Convenção.

Convenção

A Convenção estava dividida entre Girondinos e Jacobinos. Os Girondinos, partido representante da alta burguesia, pretendiam uma República burguesa na França. Os Jacobinos, partido representante da baixa burguesia, queriam maior participação política e poder econômico para as baixas camadas da população.
O rei Luís XVI, que era apoiado pelos Girondinos, foi julgado e condenado à morte pela Convenção. O ocorrido acentuou o poder dos extremistas, no caso, Jacobinos.

Período do Terror

Com os Jacobinos no poder da Convenção, suspendeu-se a Constituição e deu-se início ao chamado Período do Terror. O Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário, órgãos criados com o intuito de garantir a ação revolucionária, tinham o livre arbítrio de prender e julgar todos os que eram contra a Revolução ou suspeitos de ser.
O radicalismo rendeu a execução de vários Girondinos e membros da nobreza, além a de milhares de contra - revolucionários.
Houve divergências entre os Jacobinos, abalando a estrutura do partido, favorecendo a volta dos Girondinos ao poder, fato conhecido como Reação Termidoriana, marco final da Revolução. Suspenderam-se então as medidas criadas pelos Jacobinos, uma nova Constituição foi organizada e instituiu-se o Diretório.

Diretório

O General Napoleão Bonaparte recebeu do Diretório o comando de uma campanha militar francesa. O seu notável desempenho rendeu-lhe o cargo político de 18 Brumário. Por meio de um golpe de Estado, instituiu o Consulado.
Para diminuir as tensões, Napoleão procurou promover uma política de reconciliação, tanto no plano interno quanto externo. Criou os Códigos Civil, Comercial e Penal, reorganizando a administração de maneira centralizada. Assinou a Paz de Amiens com a Inglaterra, pondo fim aos conflitos com os países europeus.
Vitorioso interna e externamente, Bonaparte recebeu o título de Cônsul - Vitalício, tornando-se, mais tarde, imperador.
Seu plano principal era fazer da França a maior potência do continente. Para industrializar o Estado Francês, proibiu o comércio de todos os países europeus com a Inglaterra, impondo o Bloqueio Continental, evitando, assim, a concorrência inglesa. A essa decisão, seguiram-se várias batalhas contra o poder napoleônico.
Com suas frentes militares, anexou vários territórios da Europa à França. Após inúmeras vitórias, saiu derrotado da Batalha de Waterloo.

Congresso de Viena e Santa Aliança

O Congresso de Viena foi convocado com o objetivo de restaurar o equilíbrio europeu existente antes da Revolução. Teve como principais decisões o remanejamento do espaço político europeu, a restauração de dinastias pelo Princípio de Legitimidade e a ampliação colonial inglesa.
O Antigo Regime voltou a vigorar na Franga e o absolutismo monárquico foi restituído. Além disso, o Estado Francês estava obrigado a pagar pesada indenização de guerra.
Para manter a ordem europeia estabelecida pelo Congresso de Viena, foi criada a Santa Aliança. Seu objetivo era combater os movimentos liberais e nacionalistas a fim de impedir uma nova revolução na Europa.

Bibliografia:

1. Toda a História - História Geral e História do Brasil, Editora Ática;
2. História do Mundo, Agora São Paulo / Visor;
3. Nova Enciclopedia da Família - Volume 4, Diário de São Paulo / Visor;
4. Livro Didático do Curso Objetivo;
5. Revista Semanal da Lição de Casa, O Estado de São Paulo.

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